sábado, 9 de janeiro de 2010

Quando os sentidos se expandem ...



Andar andar andar
roboticamente fazemos isso todos os dias
sem nos sentir e sem realmente ver por onde andamos e onde estamos.
Mas se saimos do nosso "espaço de conforto" as coisas mudam.
Quando conhecemos novas cidades, novos locais, nosso interesse aumenta.
Quanto mais distante estamos do nosso "local comum" mais intensos ficam nossos sentidos.
Prestamos atenção aos novos sons, experimentamos novos sabores, novos cheiros, novos campos de visão.
Tudo se torna prazeroso, e por algum tempo ainda conseguimos nos manter nesse estado tão intenso. Até perdermos tudo novamente.
E esse "estado" que estes carrinhos buscam!
Estar sempre cheio, transbordando de coisas e sensações.
Sempre em busca de renovação, de conseguir tirar coisas novas de onde estamos.
Como uma das minhas bandas favoritas diz "I can`t use what i can`t abuse" vamos abusar de tudo o que temos, encontrar novas soluções.
E quando conhecermos novos locais, ter novas duvidas, novas buscas, novos prazeres.

Tenham um 2010 cheio de NOVAS!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Será que eu agüento o peso da cesta [parte 4] ou 2010 Megalomaníaco.

Na primeira parte deste texto comentei que o interesse que tínhamos na rua, de nos jogar na rua, era porque nela, a solidão é mais seca, a vida passa rápido demais (ou devagar demais, como quiser). Ali, em meio a um monte de concreto, em meio às pessoas-concreto, pessoas-cimento, pessoas-tijolos, você vê o quão pequeno você é. E quanto cimentado você está também. Você é mais um. Igual. No máximo com uma pintura diferente, que mesmo assim, se perde.
Então eu desejo, do fundo do meu carrinho, que sejamos maiores, que sejamos cor neste mundo daltônico e em tons cinza*. Que carrinhos invadam a cidade com vontade de mover, de dançar, de gritar, de protestar, de expor nossas rodinhas sem medo que a rua nos esmague, sem medo desta porra de solidão, sem medo de existir.

Carrinhos do mundo! Sejam livres! Sejam Vivos! Sejam Grandes.

Feliz 2010 Megalomaníaco.