terça-feira, 24 de novembro de 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os Carrinhos participam - Mostra Sesc de Artes Universitárias



Coletivo Eu Também Quero Um Carrinho De Mercado
Convida:
Mostra Sesc de Artes Universitárias:

Calma, no verão que vem nós vamos à praia.
É o que Alice Falou à Rainha de Copas! Mas o Lewis Carroll não viu porque estava preocupado com os “dotes” da Alice. Ou seria da Clarissa? Quem é Clarissa? Eles colocaram enchimentos nela, como fazíamos com nossos ursos de pelúcia quando eles rasgavam. Eles tiraram o coração e colocaram palha no lugar. Claro, palha não apodrece, e, se apodrecer, não fede tanto quanto um coração.
Criação e interpretação: Gabriel Machado
Orientação: Juliana Adur
Texto: Andressa Marcondes
Iluminação: Semy Monastier
Vídeo: Débora Avadore

Quando: 20 de Novembro (Sexta feira), 22h30
Onde: Auditório 1 - Sesc Da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969)
ENTRADA GRATUITA

Plano Para Não Carregar mais Cestas
Eles vivem o tempo e contratempo versus diálogos irônicos sobre um passado existente e um presente inexistente. Usam Palavras que não determinam, não explicam e não levam a pensamentos lógicos. Eles são carrinhos de mercado parados em meio à velocidade asfixiante do mundo informativo. São carrinhos que trazem verdades e mentiras, mas eles não se importam com elas, eles não se importam se elas estão ligadas a literatura ou a filosofia. Na verdade eles perceberam que o mundo está cheio de coisas sólidas que em nada dependem de suas vidas.
Direção: Gabriel Machado
Interpretes - criadores: Daiane Rafaela e Semy Monastier
Colaboração: Márcia Franco

Quando: 21 de Novembro (Sábado), 18hrs
Onde:
Teatro Sesc Da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969)
ENTRADA GRATUITA

Apareçam!
Beijos nas rodinhas.
Coletivo Eu Também Quero um Carrinho de Mercado
Mais informações:
www.eutambemqueroumcarrinhodemercado.blogspot.com
twitter.com/eusouumcarrinho

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Será que eu agüento o peso da cesta? [3]

Quando você vivencia a experiência de observar a cidade como estudo algumas lembranças começam a voltar. Você percebe que memorizar a cidade não é algo tão difícil. Que é uma pratica comum quando percebemos que estamos sozinhos entre os muitos que estão ao nosso redor. Que o que nos separa e ao mesmo tempo nos envolve nas cidades nada mais é do que o ar. Ele nos conecta com o local em que estamos, sentimos os diferentes cheiros, as diferentes temperaturas, as diferentes velocidades.
Em algum momento você percebe que você vai perder tudo aquilo que esta ao seu redor, que as coisas são efemeras, por mais solidas que elas pareçam, e então você começa a registrar cada centímetro do que te cerca. Tudo tem um novo sentido, e você se sente parte daquele local, se sente cheio e renovado


Será que eu aguento o peso da cesta? [Parte 2]



E no meio desse processo todo você percebe que talvez a cidade só seja grande e sólida assim por causa de suas (muitas) fragilidades, e talvez ela seja fria e faça questão de esfregar a sua insignificância na sua cara, porque as pessoas estão sempre enclausuradas nelas mesmas. Elas não olham para si, não olham os outros, não olham a cidade. E talvez elas não se olhem, por medo de descobrirem que são tão sozinhas quanto as pessoas que estão a sua volta. E elas não olham pra essas pessoas por medo de se reconhecer na solidão alheia. E toda essa fragilidade nos faz pensar que não aguentaremos o peso da cesta, mas daí você pensa em tudo que você observou e em toda a experiência que a rua te trouxe, e você lembra que você é um carrinho, e que aguenta muito mais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Será que eu agüento o peso da cesta?


Observar a cidade. Foi a primeira indicação dada aos carrinhos no inicio do processo criativo do “Plano Para Não Carregar Mais Cestas”. Sabíamos que entravamos num território movediço e as rodinhas podiam sofrer vários ferimentos. Mas estávamos lá, dispostos a riscos.
Acredito que a rua nos mova tanto, porque ela nos esfrega a sua frieza, a sua solidão. Nela não importa quantas pessoas estão ao seu redor, não importa o que você escuta, com quem você conversa. Você sempre é pequeno perto dela. Nela você percebe que a única coisa que você tem, é você mesmo. E isso dói, machuca, pesa. Porque não importa o que você faça, não adianta correr, não adianta gritar, não adianta agarrar todas as pessoas que passam pela Rua Quinze, você sempre estará sozinho.
A rua é sim, um lugar onde tudo acontece, mas a gente não percebe, a gente só passa, talvez por medo de que se você parar, ela pode esfregar na sua cara a sua insignificância. E não ha cestas que agüentem.