terça-feira, 24 de novembro de 2009

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os Carrinhos participam - Mostra Sesc de Artes Universitárias



Coletivo Eu Também Quero Um Carrinho De Mercado
Convida:
Mostra Sesc de Artes Universitárias:

Calma, no verão que vem nós vamos à praia.
É o que Alice Falou à Rainha de Copas! Mas o Lewis Carroll não viu porque estava preocupado com os “dotes” da Alice. Ou seria da Clarissa? Quem é Clarissa? Eles colocaram enchimentos nela, como fazíamos com nossos ursos de pelúcia quando eles rasgavam. Eles tiraram o coração e colocaram palha no lugar. Claro, palha não apodrece, e, se apodrecer, não fede tanto quanto um coração.
Criação e interpretação: Gabriel Machado
Orientação: Juliana Adur
Texto: Andressa Marcondes
Iluminação: Semy Monastier
Vídeo: Débora Avadore

Quando: 20 de Novembro (Sexta feira), 22h30
Onde: Auditório 1 - Sesc Da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969)
ENTRADA GRATUITA

Plano Para Não Carregar mais Cestas
Eles vivem o tempo e contratempo versus diálogos irônicos sobre um passado existente e um presente inexistente. Usam Palavras que não determinam, não explicam e não levam a pensamentos lógicos. Eles são carrinhos de mercado parados em meio à velocidade asfixiante do mundo informativo. São carrinhos que trazem verdades e mentiras, mas eles não se importam com elas, eles não se importam se elas estão ligadas a literatura ou a filosofia. Na verdade eles perceberam que o mundo está cheio de coisas sólidas que em nada dependem de suas vidas.
Direção: Gabriel Machado
Interpretes - criadores: Daiane Rafaela e Semy Monastier
Colaboração: Márcia Franco

Quando: 21 de Novembro (Sábado), 18hrs
Onde:
Teatro Sesc Da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969)
ENTRADA GRATUITA

Apareçam!
Beijos nas rodinhas.
Coletivo Eu Também Quero um Carrinho de Mercado
Mais informações:
www.eutambemqueroumcarrinhodemercado.blogspot.com
twitter.com/eusouumcarrinho

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Será que eu agüento o peso da cesta? [3]

Quando você vivencia a experiência de observar a cidade como estudo algumas lembranças começam a voltar. Você percebe que memorizar a cidade não é algo tão difícil. Que é uma pratica comum quando percebemos que estamos sozinhos entre os muitos que estão ao nosso redor. Que o que nos separa e ao mesmo tempo nos envolve nas cidades nada mais é do que o ar. Ele nos conecta com o local em que estamos, sentimos os diferentes cheiros, as diferentes temperaturas, as diferentes velocidades.
Em algum momento você percebe que você vai perder tudo aquilo que esta ao seu redor, que as coisas são efemeras, por mais solidas que elas pareçam, e então você começa a registrar cada centímetro do que te cerca. Tudo tem um novo sentido, e você se sente parte daquele local, se sente cheio e renovado


Será que eu aguento o peso da cesta? [Parte 2]



E no meio desse processo todo você percebe que talvez a cidade só seja grande e sólida assim por causa de suas (muitas) fragilidades, e talvez ela seja fria e faça questão de esfregar a sua insignificância na sua cara, porque as pessoas estão sempre enclausuradas nelas mesmas. Elas não olham para si, não olham os outros, não olham a cidade. E talvez elas não se olhem, por medo de descobrirem que são tão sozinhas quanto as pessoas que estão a sua volta. E elas não olham pra essas pessoas por medo de se reconhecer na solidão alheia. E toda essa fragilidade nos faz pensar que não aguentaremos o peso da cesta, mas daí você pensa em tudo que você observou e em toda a experiência que a rua te trouxe, e você lembra que você é um carrinho, e que aguenta muito mais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Será que eu agüento o peso da cesta?


Observar a cidade. Foi a primeira indicação dada aos carrinhos no inicio do processo criativo do “Plano Para Não Carregar Mais Cestas”. Sabíamos que entravamos num território movediço e as rodinhas podiam sofrer vários ferimentos. Mas estávamos lá, dispostos a riscos.
Acredito que a rua nos mova tanto, porque ela nos esfrega a sua frieza, a sua solidão. Nela não importa quantas pessoas estão ao seu redor, não importa o que você escuta, com quem você conversa. Você sempre é pequeno perto dela. Nela você percebe que a única coisa que você tem, é você mesmo. E isso dói, machuca, pesa. Porque não importa o que você faça, não adianta correr, não adianta gritar, não adianta agarrar todas as pessoas que passam pela Rua Quinze, você sempre estará sozinho.
A rua é sim, um lugar onde tudo acontece, mas a gente não percebe, a gente só passa, talvez por medo de que se você parar, ela pode esfregar na sua cara a sua insignificância. E não ha cestas que agüentem.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Os Carrinhos Colaboram:



FIESTA DE LOS MUERTOS - Zambra Cigana no Sacromonte de Granada

Sabado dia 31 outubro - a partir da 22hrs - DCE da UFPR - entrada R$ 3,00 - localizado: General Carneiro esquina com Amintas de barros, 360 ao lado da casa da Estudante Feminina.

O maior acontecimento artistico dos ultimos tempos de Curitiba

Há música nos cemitérios, velas e comidas sobre as sepulturas. Na véspera do Dia dos Mortos não se chora pelos ausentes. Festeja-se com o espírito dos defuntos que como em cada ano, viajam para estar na noite dos mortos.

As confeitarias só existem durante este dia nos portais desta cidade para morrer durante um ano inteiro até a próxima festa dos defuntos.

Performances, Musicas, Shows Culturais, e uma variedades de acontecimentos imperdiveis.

Voce nao pode ficar fora deste acontecimento!

Os Carrinhos Apoiam:


HELIOGABALUS APRESENTA:

Sexta feira dia 23-10-2009 -TUC - inicio as 18:30hrs - entrada franca

"O Último Canto Do Bode - Tomo I: A Bestificação de Rômulo"

I mostra de processo

Esta noite ver-se-ia a encenação de certa rebuscada ópera italiana: o apogeu de um grande imperador romano. O concerto inicia com o incrível silêncio da platéia já amortecida pela afinação da orquestra, presa no fosso. O rei canta a sua ária magnífica embebido nas mãos do vitorioso Baco. Mas todo o aparato não suportaria a virtuose de talentosos artistas quando olhados de tão perto, como por um furo na parede, por onde as divas de um teatro de rebolado se preparam para invadir a grandiosa arena, e realizar a definitiva encenação ritual da queda de Roma.

Elenco: Clarissa Oliveira, Bijijo, Mariana Zimmermann, Guilherme Marks, Semy Monastier, Rafaelin Poli, Ricardo Nolasco e Léo Gluk

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os Carrinhos Apoiam - Mostra Imarginal



Serviço

(!) MOSTRA IMARGINAL 2009 (!)
QUANDO? 19 A 23 DE OUTUBRO – 19H00
ONDE? TUC – TEATRO UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA
QUANTO? ENTRADA GRATUITA

Vamos Lá!

domingo, 18 de outubro de 2009

Carrinhos Convidam



Coletivo Eu Tambem Quero Um Carrinho De Mercado
Convida:
(!) MOSTRA IMARGINAL 2009 (!) :


Plano Para Não Carregar mais Cestas
Eles vivem o tempo e contra-tempo versus diálogos irônicos sobre um passado existente e um presente inexistente. Usam Palavras que não determinam, não explicam e não levam a pensamentos lógicos. Eles são carrinhos de mercado parados em meio à velocidade asfixiante do mundo informativo. São carrinhos que trazem verdades e mentiras, mas eles não se importam com elas, eles não se importam se elas estão ligadas a literatura ou a filosofia. Na verdade eles perceberam que o mundo está cheio de coisas sólidas que em nada dependem de suas vidas.
Direção: Gabriel Machado
Interpretes-criadores : Daiane Rafaela e Semy Monastier
Coloboração: Marcia Franco

QUANDO: 21 de outubro (quarta feira), 19hrs
ONDE: TUC – TEATRO UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA
QUANTO: ENTRADA GRATUITA


Calma, no verão que vem nós vamos à praia.
É o que Alice Falou à Rainha de Copas! Mas o Lewis Carroll não viu porque estava preocupado com os “dotes” da Alice. Ou seria da Clarissa? Quem é Clarissa? Eles colocaram enchimentos nela, como fazíamos com nossos ursos de pelúcia quando eles rasgavam. Eles tiraram o coração e colocaram palha no lugar. Claro, palha não apodrece, e, se apodrecer, não fede tanto quanto um coração.
Criação e interpretação: Gabriel Machado
Orientação: Juliana Adur
Texto: Andressa Marcondes
Iluminação: Semy Monastier
Video: Debora Avadore

QUANDO:
22 de outubro(quinta feira), 19hrs
ONDE: TUC – TEATRO UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA
QUANTO:
ENTRADA GRATUITA


(!) MOSTRA IMARGINAL 2009 (!)
De 19 a 23 de outubro, TUC – TEATRO UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA.
Programação completa da mostra:
www.mostraimarginal.blogspot.com


Beijos nas rodinhas.
Coletivo Eu Também Quero um Carrinho de Mercado
www.eutambemqueroumcarrinhodemercado.blogspot.com
twitter.com/eusouumcarrinho

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os Carrinhos apoiam.


Calma, no verão que vem nós vamos à praia.
É o que Alice Falou à Rainha de Copas! Mas o Lewis Carroll não viu porque estava preocupado com os “dotes” da Alice. Ou seria da Clarissa? Quem é Clarissa? Eles colocaram enchimentos nela, como fazíamos com nossos ursos de pelúcia quando eles rasgavam. Eles tiraram o coração e colocaram palha no lugar. Claro, palha não apodrece, e, se apodrecer, não fede tanto quanto um coração.
Ficha Técnica:
Criação : Gabriel Machado
Orientação: Juliana Adur
Texto: Andressa Marcondes
Iluminação: Semy Monastier
Trilha Sonora: Werewolf (Cocorosie) e1979 (The Smashing Pumpukins)
Video: Débora Avadore

Data: 21 de Setembro
Horário: 14h30
Local: Casa Hoffmann - Centro de Estudos do Movimento - FCC
Endereço: Rua Claudino Santos, 58 - Centro / Fone: 3321-3228 ou 3321-3232

Entrada Gratuita

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Bernie Dechant


O oitavo dos nove Dechant nasceu em Racine, Wisconsin, EUA.

Estudou Arte e Design na faculdade e trabalhou numa empresa de artes gráficas onde ele ganhou premios pelos site Adobe.com e Apple Store. No meio disso veio a paixão por viagens e a fotografia. Bernie não tem técnicas fotográficas, seu treinamento surgiu graças ao seu trabalho em design.

O artista atualmente vive NY.


"Exatamente a temática que inspira e serve como um dos focos da obra do fotógrafo: as cidades do mundo, suas formas, cores, ritmos e, especialmente, a geometria flagrada em recortes urbanos. Não importa em que país estejam, Bernie encontra, nas cidades do mundo, similaridades e complementos. Em suas cenas reúne a arte, a arquitetura e o design. Entre as imagens incluídas na mostra está, por exemplo, a promessa futurista de Brasília em contraste com a Tóquio colorida, moderna, universal e cosmopolita; a China milenar e o exótico Marrocos; e a Lisboa de prédios altos. Como em um “raio x” dos lugares por onde passa, em suas viagens pelo mundo, o olhar de fotógrafo estrangeiro registra o ambiente, os costumes e a rotina das cidades. " [texto da curadoria do Museu Oscar Niemeyer - Curitiba]


E aqui entram os carrinhos.

Apaixonados pelas formas, cores, ritmos das cidades. Curiosos, apaixonados e buscando algo que torne as formas mais interessantes, as cores mais intensas e os ritmos mais afinados.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O inexplicável horror de saber que esta vida é verdadeira.

- Não é preciso marcar o tempo, basta abandoná-lo, ela me disse uma vez. De que adianta saber que dia é hoje? As horas sim, são importantes. O dia é bem dividido. Cada hora uma coisa certa. Melhor viver um dia só, sem fim. O que tiver de acontecer, é dentro dele.

- Os dias guardados. Armazenados. Neles, nenhuma marca. Rasura sequer. Conjunto, soma de todos os nossos instantes. Agora sei. Cada momento era uma antecedência para nós. Uma espera que se substituía infinitamente. Vivíamos na ansiedade pela ocasião que haveria de chegar.
Assim, nossa vida se distendia como um elástico. Esticava-se ao ponto máximo, atingindo o estado de tensão, incômoda inquietação. Quando o dia se acabava, a esperança nascia outra vez dentro de nós. Aguardávamos os instantes que faria o dia seguinte repleto-vazio.
Instantes despidos daquilo que faltava. Algo que necessitávamos e não íamos procurar. Ficávamos na expectativa que acontecesse. Havia uma falta. Não somente dentro do tempo. Porém um vazio concreto. Lancinante. Em cada canto da casa se projetava a sua sombra. Compacta.
Fomos preenchendo o apartamento com objetos. Até que se assemelhou a um bazar de artigos únicos, invendáveis. Cristaleiras cheias de compoteiras, xícaras, saleiros, copos, taças e licoreiras. Paredes com quadros, reproduções, flâmulas, santos, retratos, relógios parados.
[...]
E calendários. Dois ou três em cada cômodo, escolhidos por ela. Brindes ganhos nos Superpostos de Distribuição Alimentar. Comprados na igreja. Folhinhas que nos ensinavam vários costumes obsoletos. Como a boa época para se plantar e colher. Ou que davam o bom e o mau tempo.

- Será que não era o barulho das cabecinhas estourando?

(Não Verás País Nenhum - Ignácio de Loyola Brandão)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Peça Coração

Um - Posso pôr meu coração a seus pés.
Dois - Se não sujar meu chão.
Um- Meu coração é limpo.
Dois - É o que veremos.
Um - Eu não consigo tirar.
Dois - Quer que eu ajude?
Um - Se não incomodar.
Dois - É um prazer pra mim. Eu tambem não consigo tirar.
Um (chora)
Dois- Vou operar e tirar pra você. Para que quê eu tenho um canivete. Vamos dar um jeito já. Trabalhar e não desesperar. Pronto - aqui está. Mas isto é um tijolo. Seu coração é um tijolo.
Um - Mas ele bate por você.

(texto Heiner Muller, tradução Marcos Renaux)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carrinhos e Existencialismo




Quando estes carrinhos mal tinham rodinhas suas conversas acabavam em existencialismo.
Afinal, ainda não tinhamos uma essência mas já existiamos - fato.
Para Sartre, a liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem.
Coincidentemente, 2 carrinhos tiveram que preparar uma cena do texto Entre 4 Paredes de Sartre.
Essa cena acabou gerando uma nova cena, tivemos a liberdade e oportunidade de modifica - la para uma nova apresentação.
Resolvemos começar do zero. A única coisa que tinhamos certeza é que nesta cena nós usariamos pela primeira vez nosso carrinho de mercado.
A cena acabou tornando -se uma paródia da própria "tarefa" de criar uma cena, e de todo trabalho dos atores.
Aventuras assim são sempre bem vindas e estes carrinhos existem para experimentar!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Utopias de Aproximação

Os anos 80 e 90 pareciam ter decretado o fim das utopias, examinou-se muito o conceito, criaram-se outros, como heterotopia e distopia.
Mas, em 2001, Nicolas Bourriaud aponta para as "utopias de aproximação", práticas artísticas que se estendem num vasto território de experimentações sociais, e que pretendem agir, gerando novas percepções e novas relações de afeto, num mundo regulado pela divisão do trabalho, a ultra-especialização e o isolamento individual.
Para o filósofo francês, a arte contemporânea desenvolve um projeto político entanto se esforça em investigar e problematizar a esfera relacional. Para ele, a exposição é um lugar privilegiado onde se instalam coletividades instantâneas, regidas por princípios diversos de acordo com o grau de participação do espectador exigido pelo artista, a natureza das obras, os modelos de sociabilidade propostos ou representados, que gera um território de intercâmbios específico.
A arte contemporânea se propõe modelar mais que representar, pretende inserir-se e agir dentro do tecido social mas do que se inspirar nele. De esse ponto de vista, a obra de arte se constitui como um interstício social, um espaço de relações humanas que, ao se integrar mais ou menos harmoniosa e abertamente no sistema global, sugere outras possibilidades de intercâmbios que aqueles que vigentes nesse sistema.
De acordo com Bourriaud, a tarefa da arte contemporânea no campo do intercambio das representações é criar espaços livres, propor temporalidades cujo ritmo atravesse àqueles que organizam a vida cotidiana, é favorecer relacionamentos intrapessoais diferentes daqueles que nos impõe a sociedade da comunicação.Não o fim da arte, não o fim do jogo, mas o fim da rodada. È necessário lembrar com Duchamp que A arte é um jogo entre todos os homens de todas as épocas.

*Trecho do texto "Intervenções Suburbanas"
Maria Angélica Melendi

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Precisamos de Cola-Cola para dançar?


Praças circulares, gramados em desnível, ruelas estreitas e becos sem saída. Lançados ao acaso e à tensão vivificadora das ruas, dois dançarinos e um grupo de artistas performáticos dão início aos primeiros movimentos de uma cena coreográfica solta, improvisada, atraente e livre de academicismos. Em poucos minutos, pedestres, garis, carroceiros, mendigos e trabalhadores - potenciais espectadores - cessam o seu próprio movimento e aglomeram-se curiosos em torno do mais novo espaço criado para a dança. A cena urbana faz parte do documentário Precisamos de Cola-Cola para dançar?
[...]
À frente dele está o nigeriano Qudus Onikeku, ganhador do prêmio de Bailarino do Ano pela Future Awards 2009 (Nigéria), que aos 17 anos partiu para a França, onde se graduou na Escola Superior Nacional de Artes Circenses, tendo se formado como bailarino e acrobata com bolsa integral do governo francês. Simultaneamente à sua graduação, ele foi artista residente da Gongbeat Artes, em Lagos, onde nasceu. Seis anos mais tarde, no processo de retorno à sua própria cultura africana, deparou-se com dificuldades e questões envolvendo o papel da arte e da dança no contexto atual.
[...]
Dono de uma linguagem corporal formada por elementos da capoeira, do circo e da dança de rua de Lagos, Qudus levou a dança contemporânea livre de estereótipos para espaços não-convencionais, locais onde a crescente rede de arte dificilmente chega, contribuindo para a formação de iniciativas locais.
[...]
“Este projeto é primeiramente uma solução imaginada para uma questão altamente pessoal, que incomodava minha alma enquanto um jovem criador africano e quebra as barreiras entre o artista e seu público e vice-versa”, diz Qudus. “Acredito que existe uma conexão poderosa entre artistas e ativistas de direitos humanos. Os dois se levantam contra o status quo para dizer o que deve ser dito em nome da humanidade”, afirma. Vale a pena acompanhar o trajeto deste jovem artista e a continuidade de suas ações no crescente espaço dedicado à performance urbana em países como África e Brasil."
*Por Deborah Rocha ( idança.net)

Estes Carrinhos apoiam a dança ambulante.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Você pega as suas feridas e faz um desenho bonito com elas.


Eu tentei curativos e submersão
Eu tentei luvas e até mesmo pensar
Eu tentei vaselina
Eu tentei tudo

E ninguém liga se suas costas estão sangrando.

Porque algum lugar deles também sangra, pode não ser as costas, pode ser um dedão, os joelhos, as escapulas, o baço, os rins, ou qualquer-merda-de-lugar que sangre, alguma coisa sempre dói, sempre sangra.

E você nem liga se as pessoas estão sangrando.

Por que as suas costas sempre vão sangrar mais que a dos outros, o seu sangue sempre será mais vermelhinho, suas feridas sempre serão as mais doloridas.

Olhando para trás foi tudo maltratado.

Coloque as suas mãos juntas e elas vão doer.


Coloque as suas mãos juntas e elas vão doer.


Faz-me querer dar uma surra na humanidade.









Faz-me querer dar uma surra em mim mesmo.

*trechos:
The Dresden Dolls
Mary Alien
*Imagem: Amanda Palmer e Neil Gaiman.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Manifesto Banksy




Quase chega a ser cliche falar deste artista, mas ainda acho pior nao cita-lo.

Banksy é um artista de rua inglês,que faz trabalhos em stencil. Até hoje sua identidade não foi revelada.
Os temas de seu trabalho são autoridade e poder.
Tem intervido (acho que este seria o melhor verbo dedicado a ele) não apenas na Inglaterra e outros lugares da europa como nos EUA, principalmente em NY.

Acho que o manifesto em seu site fala por sua obra:

When I was a kid I used to pray every night for a new bicycle.
Then I realised God doesn’t work that way, so I stole
one and prayed for forgiveness.

- Emo Philips

"Quando era criança eu costumava rezar toda noite por uma nova bicicleta.
Então eu percebi que Deus não funciona assim, então eu roubei uma bicicleta e rezei por perdão."

Plano para não carregar mais...

Não quero mais carregar o peso de um mundo, o peso da uma existência, quero esvaziar meu carrinho, quero jogar fora todo o lixo que colocaram dentro dele, todo conceito pronto, toda ideia já sabida, todo comércio fugaz, todo o mundo que não para!
Que não para de encher os carrinhos, com mais futilidades, com mais hipocrisias, com mais informações.
Não quero mais carregar o mundo sem saber o peso dele, sem ter tempo para apreciá-lo, senti-lo, cheirá-lo, degustá-lo, vê-lo, e aí sim, colocá-lo no meu carrinho. Cheio de cores, cheio de vida.
Vou parar meu carrinho aqui, em meio à velocidade da cidade, no meio do “vuco-vuco”, no meio das pessoas que correm com seus carrinhos, sem saber pra onde, sem saber para quê, sem saber por quê.
Ele vai ficar aqui, quieto, esperando... esperando a chuva, o sorriso, o sol, o choro, a neve, o inverno, um chocolate? A primavera, as flores, as cores, a cidade! Esperando um amor! Porque não? Carrinhos também podem! Carrinhos podem o que quiser

Carrinhos! “Ex-vaziem–se”! Sejam livres! Sejam vivos!

sábado, 11 de julho de 2009

Intervenção brega




Estes carrinhos apoiam a breguice.

Eu sou um carrinho colorido e você?

Existe algo a ser expelido, é tipo uma massa de várias cores, tipo uma gosminha, quase um vômito, mas não! Não é!
É simplesmente uma vontade, uma ânsia de jogar essa mistura colorida para a vida, para as coisas, para o mundo! Para que ele veja essas cores tão bonitas, e que até então são desconhecidas, cores novas que saem de dentro de mim, e que cheiram, tem gosto, som e movimento.
Ela é a mistura de tudo que sou eu, que pegou a cor de tudo que é você, e agora tem uma cor especial, distinta, jamais vista!
E precisa ser compartilhada, ser vista, sentida, experimentada! Pois com o contato dessa mistura de cores minhas, suas, nossas, surgiram mais cores, mais bonitas, mais distintas, mais nossas.

Estes Carrinhos apoiam um mundo mais colorido!

sábado, 4 de julho de 2009

Carrinhos coloridos



Antes de mais nada aviso, este post não esta relacionado a questões raciais.
Todo mundo tem uma cor favorita, mesmo que você fale que não, existem cores que você simplesmente prefere ou não se sente bem.
Quando crianças pensamos como seria legal ser de outra cor, e já pensamos em cores como azul, verde, cor de rosa. E hipocritamente temos "estranhezas" ao vermos pessoas que tem tons diferentes dos nossos. Os indios, os indianos, os japoneses,bons exemplos de "tons" de pele diferentes, mas fugindo da raça...
As pessoas gostam de buscar o diferente, buscam mudar cores de cabelo, isso ninguem mais estranha [talvez os mais conservadores]. Mas algumas pessoas tem o habito de mudar de cor, falo aqui de bronzeamento artificial. Diretamente daquele com spray, mais comum nos EUA.
A questão é, até onde mudar de cor é legal?
As pessoas deviam rever seus conceitos sobre cor...
se podemos ser laranja, podemos ser verde, podemos ser azul, podemos ser púrpura!
Não sejam hipócritas com as escolhas individuais
mas se você escolheu ser assim, então assuma quem você é!
Um carrinho é sempre um carrinho, onde quer que ele esteja.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Para que carrinhos coloridos invadam a cidade...

E em meio àquele mundo daltônico e monocromático, ela era apenas poeira colorida. Pontinhos brilhantes que cintilavam nas praças, bares, becos, na pele das pessoas andando na praia durante a noite, nos vulcões vomitando lava e em tudo mais. Ah, se alguém pudesse ver como aquilo era bonito! Era como se pedaços do céu, com dó da decadência humana, se desprendessem e caíssem sobre a terra, numa tentativa de melhorá-la. Ela se derretia sobre o tédio, e então tudo ficava mais desejável.
Isso, é claro, se alguém pudesse ver, o que não acontecia. Ela era a cor e o brilho de um mundo que só enxergava em escalas de cinza. Mas, mesmo que ninguém percebesse, ela continuaria. O prazer estava em ser a melancolia de um mundo monótono, a beleza em meio ao choque da realidade. Talvez, se pensasse racionalmente, veria que nada daquilo importava, que era tudo inútil, nada mudaria e uma hora ela seria enterrada. Mas ela preferia acreditar que sem sua presença o mundo mergulharia numa onda de suicídios coletivos. A ilusão de viver era fundamental para que existisse. Se aceitasse a verdade, ela descobriria que não era pó colorido, era só poeira acumulada sobre coisas velhas. Então vivia na mentira. Na verdade, não ligava para verdades ou mentiras, desde que elas durassem.
Mas ela se esqueceu de que tanto as mentiras longas como as verdades curtas acabam. Então um dia veio um vento forte e ela foi afogada sob as camadas de terra para nunca mais colorir. E vieram outros pós, vindos de outros lugares, mas nenhum foi tão bonito quanto ela. Pois eles queriam ser vistos, e ela queria apenas... Apenas ser. Não esquecer. Lembrar de todos aqueles rostos apáticos, observando sem nenhuma expressão, dos olhos parados em algum lugar inexistente. E o vidro. O vidro que prendia todo mundo numa cela minúscula, o mesmo vidro que estava nos olhinhos solitários que esperavam algo pra esperar. Vidro que ela queria ser, só pra poder se jogar de um precipício e soltar todo mundo. Ela queria deixá-los sozinhos pra que procurassem uns aos outros. Queria lembrar dos rostinhos de porcelana, mesmo que nem eles próprios não lembrassem de si. Embora eles não soubessem mais quem ou por que eram, ela só queria ser uma ferida que sangra e jorra pus, numa última e desesperada tentativa de fazê-los lembrar. Mais que isso, de fazer com que ela mesma lembrasse. Como aqueles polaróides velhos.
Mas isso tudo morreu agora. Agora ela é cinza e não lembra de nada.

Mary Alien (lambidasnautopia.co.nr)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Arte Feita no Chão

Carrinhos apostam na arte de rua.

O programa Lugar Incomum do canal de tv a cabo Multishow mostra curiosidades sobre a cidade que nunca para.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

imagens Hopper(parte 3)


imagens Hopper(parte 2)


imagens Hopper


Hopper e a solidão

Bom, estive pensando em algumas coisas que gostaria de compartilhar. Ano passado dois carrinhos andaram muito pelos caminhos que o pintor Hopper traçou, e acabei pensando no caminho dos carrinhos hoje.
Acho magnífico o modo como o Hopper retrata a solidão, por que na maioria das vezes (e nas imagens que estou postando acima, é quase 100%) são espaços ‘públicos’ e cheios de gente, mas as pessoas sempre estão sozinhas.
E a rua é assim, muita gente, carros, movimentos, milhares de rostos apáticos, que só passam um pelo outro, que vivem e não convivem, que a velocidade 10 impediu de se ter qualquer relação, então estamos na rua cheios de gente, mas sempre sós. Somos carrinhos num mercado vazio, sem se comunicar, só estamos lá, esperando, não se sabe o que!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Revolução dos Carrinhos


A Revolução começa
não queremos apenas os mercados
queremos as ruas
as praças
as casas
os oceanos
queremos cor, vida, estilo e fazer a diferença
queremos carrinhos para todos!